Faz Sentido oferece orientações, recursos e guias práticos
para atender aos interesses de adolescentes e jovens do século 21
por
Redação
Como conectar a educação aos interesses de adolescentes e jovens
do século 21? Para auxiliar redes de ensino, escolas e gestores neste desafio,
a plataforma Faz Sentido ganhou uma nova versão com
orientações, ferramentas e guias práticos que ajudam a repensar as etapas do
ensino fundamental 2 e médio.
Resultado de uma parceria entre o Instituto Inspirare e o
Instituto Unibanco, com conteúdos produzidos pela Agência Tellus e tecnologia
desenvolvida pela Inketa, a plataforma foi apresentada nesta quarta-feira (27),
em Brasília (DF), durante o Seminário Internacional Desafios e Oportunidades
para os Anos Finais do Ensino Fundamental.
“Ao desenvolver a Faz Sentido, a nossa preocupação é de fato
ajudar escolas, redes e professores a entenderem melhor quem é esse adolescente
e jovem do século 21. Quais são os seus comportamentos, demandas e expectativas
em relação à escola? Conhecendo melhor esse estudante, eles podem rever o currículo,
as práticas pedagógicas e a organização da escola para se aproximar da
contemporaneidade”, destaca Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare.
Com base nos estudos e referências disponíveis na plataforma,
ela diz que escolas e redes podem construir soluções específicas para enfrentar
os seus desafios. “A Faz Sentido é um convite para que escolas possam se
repensar de forma autônoma e empoderada. Nós não queremos que elas fiquem
replicando modelos, mas que possam se repensar à luz do novo estudante que está
na sala de aula.”
A plataforma foi construída a partir de pesquisas de campo,
entrevistas e encontros de cocriação, que reuniram especialistas da educação,
do poder público e de institutos. Professores, estudantes, familiares e
gestores das redes municipais de educação de Salvador (BA) e São Miguel dos
Campos (AL) também participaram de encontros e oficinas para testar e
implementar soluções práticas com o apoio da ferramenta.
Diferente da versão anterior, que apresentava uma trilha única
para redes de ensino implementarem soluções, a plataforma agora oferece
caminhos e estratégias desenhadas para professores, escolas e gestores,
trabalhando com recursos específicos para a realidade de cada profissional.
“Todo material foi construído em processos de colaboração. As trilhas foram
elaboradas a partir de experiências práticas e aprimoradas com o apoio de
secretarias, familiares, alunos, técnicos e professores de escolas que
experimentaram a ferramenta”, explica Carolina Faria, consultora da Agência
Tellus.
A novas trilhas funcionam como guias práticos para construir
soluções nas áreas de formação de professores, currículo, avaliação e
certificação, práticas pedagógicas, família e comunidade, ambiente da escola e
gestão.
O destaque da nova versão também é a inclusão de ferramentas e
orientações específicas para o ensino médio, que enfrenta o desafio de
construir um currículo mais aderente, acolhedor e inclusivo para todos os
jovens, conforme avalia Alexsandro Santos, gerente de desenvolvimento de
soluções do Instituto Unibanco. “Esse desafio só vai ser enfrentado se a gente
conseguir democratizar a conversa sobre a construção do currículo. Ele não
sairá pronto dos gabinetes de secretarias. Só poderá ser feito a partir da
construção coletiva de estudantes, de educadores e da comunidade. Esperamos que
a plataforma torne possível essa discussão.”
Para apoiar educadores e gestores escolares que desejam implementar
as trilhas, a plataforma oferece um acompanhamento à distância. Para receber
mentoria presencial e promover processos mais profundos de mudança, redes de
educação ainda podem solicitar apoio pelo e-mail contato@fazsentido.org.br.
A plataforma também permite que educadores e gestores de todo o
país compartilhem recomendações e práticas de êxito. Todos os recursos são
gratuitos e podem ser acessados em http://fazsentido.org.br.
FONTE: PORVIR