Especial apresenta a
importância do uso de ferramentas digitais no ensino; os principais recursos
tecnológicos usados para ensinar e aprender; como criar infraestrutura nas
escolas; exemplos de aplicação prática e tendências
A tecnologia alterou a nossa forma de
consumir, produzir, exercer a cidadania e se relacionar. E está, também,
mudando a forma de aprender e ensinar. Quando o computador chegou às escolas
brasileiras, a proposta era educar para o uso de tecnologias; hoje, usamos a
tecnologia para educar. É a tecnologia, inclusive, que vai nos permitir superar
três grandes desafios da educação: equidade, qualidade e contemporaneidade. Com
a proposta de investigar como a tecnologia está transformando a educação e o
que é preciso fazer para universalizar o uso de ferramentas digitais em escolas
brasileiras, o Porvir – programa do Instituto Inspirare – apresenta o guia
inédito Tecnologia na
Educação.
O site foi lançado hoje (26), na
Câmara dos Deputados, em Brasília, no Seminário Escolas Conectadas:
equidade e qualidade na educação brasileira, que reuniu cerca de 150 pessoas,
entre secretários de educação, deputados, representantes dos ministérios da
Educação e de Comunicações.
Em cinco capítulos, o guia temático
aborda a importância da tecnologia para
a educação; os principais recursos
tecnológicos usados para ensinar e aprender; como
criar a infraestrutura necessária para
usar tecnologia nas escolas; quais os exemplos de aplicação
de tecnologia na prática –
cases inspiradores; e o que está por vir para o
futuro da tecnologia na educação, que destaca tendências. No
terceiro capítulo, por exemplo, o conteúdo do guia Tecnologia na Educação reúne exemplos de governos e redes de ensino que investem na criação de
infraestrutura adequada à tecnologia: internacionais (Estados Unidos e
Uruguai); e brasileiras, implementados no Paraná, Amazonas e Ceará. Em
“metodologias em sala de aula”, são abordados casos de utilização de tecnologia
na escola.
Segundo Anna Penido, diretora do Instituto
Inspirare, a tecnologia não vai resolver todos os problemas educacionais; há a
necessidade de mesclar o online e offline, que resulta no ensino híbrido –
atividades no computador e experiências/interações presenciais, que são
fundamentais à promoção do desenvolvimento de forma integral. “É preciso,
também, ter cuidado para que a tecnologia não crie uma versão digital de
práticas pedagógicas tradicionais. Não é a mera substituição, mas a
oportunidade de fazermos coisas impossíveis; de novas abordagens mais
disruptivas para trazer a educação brasileira para o século 21. É disso que
estamos tratando no guia Tecnologia na Educação”,
detalha Anna.
Na análise trazida pelo guia
temático, a tecnologia, assim como tem poder de contribuição, também pode prejudicar
– seja gerando dispersão, seja ampliando a desigualdade entre os que têm acesso
e os que não. Entre as conclusões está a convicção de que a tecnologia
pode transformar a educação quando a infraestrutura adequada é garantida para
todos, quando se usam recursos digitais diversificados e qualificados e com uma
boa formação de para professores usarem recursos digitais. Para essa
transformação, a mobilização da sociedade – especialmente família e alunos –
são essenciais. Por isso, no seminário em Brasília, também foi
apresentado a campanha que pede 10 MEGA de Internet nas escolas até 2016, convidando o público
a participar e divulgar a ação.
FONTE: Porvir
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