Assista ao vídeo na página do Globo, clicando na imagem acima.
Lucas Sperb é um dos oito mil privilegiados que já possuem
os óculos
SÉRGIO MATSUURA
A história de Lucas Sperb parece
saída do seriado de TV “Big Bang Theory”. Natural de Camaquã, cidade do Rio
Grande do Sul com pouco mais de 60 mil habitantes, o jovem veio para o Rio de
Janeiro estudar na Escola Sesc de Ensino Médio com apenas 13 anos. Agora, aos
19, foi selecionado para ser um dos 8 mil privilegiados que já tiveram acesso
ao Google Glass. E no fim do mês, selecionado pelo programa Ciência Sem
Fronteiras, embarca rumo à China, onde vai passar dois anos estudando
biomedicina.
Para conseguir os óculos
high-tech, Lucas se inscreveu no concurso “If I had a Glass”, lançado em março
pela Google. A empresa pedia sugestões para o uso do aparelho e premiou as
melhores ideias com um convite para adquirir o produto antes do lançamento
oficial, que deve acontecer no final deste ano. O jovem propôs o
desenvolvimento de um aplicativo para ajudar os usuários a tocarem violão,
exibindo a letra e a cifra das músicas na tela.
— Olhei para o violão, tive a ideia
e me inscrevi. Mandei pensando em contribuir, não imaginava ganhar. Um mês
depois, fui avisado que o meu projeto havia sido selecionado e surgiu o grande
problema: eu não tinha dinheiro para cobrir os custos.
Apenas o Glass custou US$ 1,5
mil, fora os gastos com a viagem para os EUA e a compra de um bom smartphone
Android para melhorar a experiência de uso dos óculos. Sem condições para
bancar a empreitada, Lucas recebeu auxílio financeiro do banco Santander e da
Universidade Feevale, onde cursa biomedicina. No final de junho, embarcou para
sua primeira grande viagem internacional e, no dia 3 de julho, retirou o gadget
na sede da Google em Nova York.
Desde então, Lucas passa
praticamente o dia inteiro com os óculos, chamando atenção por onde passa.
Mesmo nos EUA, muitos curiosos o abordavam nas ruas com perguntas sobre o
funcionamento do aparelho. No Brasil, já apresentou a novidade para amigos e
parentes, mas evita andar pelas ruas vestindo o gadget por medo de ser
assaltado.
O aplicativo proposto no concurso
ainda não está pronto, mas Lucas já vê outras utilidades para o Glass e prevê
avanços na tecnologia.
— É só o começo. Agora, a tela
ainda está fora do corpo, mas daqui a pouco teremos lentes inteligentes. E isso
está ligado à biomedicina, o braço tecnológico da medicina — afirma, com
entusiasmo.
A empolgação é justificada. Além
de ser um dos primeiros usuários do Glass, Lucas embarca no fim deste mês para
Wuhan, na China, onde vai passar dois anos estudando biotecnologia.
Fonte: Globo.com Notícias
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